Em 2015, as categorias representadas pela Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI) registraram juntas crescimento de 5,4% no faturamento em relação a 2014, atingindo R$ 35,4 bilhões. Esta alta foi impulsionada principalmente pelos biscoitos (7,1%), com faturamentos de R$ 21 bilhões, seguidos pelos pães e bolos (3,4%), com R$ 6 bilhões, e massas alimentícias (2,8%), com R$ 8,3 bilhões.
Em volume, o setor se manteve estável – com cerca de 3,5 milhões de toneladas comercializadas. O consumo per capita também ficou praticamente inalterado, na casa dos 17kg/ano. Os números da cesta ABIMAPI foram divulgados hoje pela associação, em parceria com a consultoria Nielsen.
De acordo com Claudio Zanão, presidente da ABIMAPI, a alta do dólar e das tarifas de energia e combustível registradas durante o ano não tiveram como ser absorvidas pela indústria e acabaram impactando os preços para o varejo. O Brasil produz menos da metade do trigo consumido e precisa importar grandes quantidades de países do Mercosul (sobretudo da Argentina), e também do Canadá e dos Estados Unidos. “Com a elevação do dólar, o custo de produção disparou. Nas massas, pães e bolos industrializados, a farinha de trigo responde por cerca de 70% dos custos. Nos biscoitos, o peso é de 40%”, diz.
Biscoitos
A indústria de biscoitos movimentou R$ 21 bilhões em 2015, registrando crescimento de 7,1% frente ao faturamento de 2014. Assim como o setor num todo, esta categoria mostrou estabilidade em relação ao volume – mantendo-se em 1,7 milhão de toneladas – e ao consumo per capita, com 8,5kg/ano.
Os tipos mais consumidos pelos brasileiros em 2015 foram os recheados (454,262 mil toneladas), seguidos pelos biscoitos de água e sal/cream cracker (361,426 mil toneladas) e os secos/doces especiais (273,780 mil toneladas).
“Os biscoitos demandam inovação para conquistar consumidores. Alguns fabricantes enriqueceram seus produtos com vitaminas, fibras ou cereais e cresceram em 2015, conquistando as classes A e B que não foram muito afetadas pela crise. Já as classes C, D e E continuam responsáveis pelo consumo de grande volume do produto. Foram estes fatores que contribuíram para o desenvolvimento da categoria”, comenta Zanão.
Massas Alimentícias
O setor de massas alimentícias registrou aumento de 2,8% no faturamento de 2015 com relação a 2014, atingindo R$ 8,2 bilhões. O crescimento foi impulsionado principalmente pelas categorias de massas secas (3,8%) e instantâneas (2,2%) com faturamentos de R$ 5 bilhões e R$ 2,6 bilhões, respectivamente. O mercado de massas frescas faturou R$ 650 milhões. Em volume e consumo per capita, o setor se manteve estável, com 1,26 milhões de toneladas vendidas no ano e 6,17kg/ano.
Pães e bolos industrializados
O segmento de pães e bolos industrializados registrou em 2015 faturamento de R$ 6 bilhões, número 3,4% superior ao verificado em 2014.
A indústria de pães industrializados passou de R$ 4,95 bilhões em 2014 para R$ 5,18 bilhões de faturamento em 2015. A categoria apresentou um crescimento de 4,8% frente ao ano anterior. O volume de vendas atingiu 463,3 mil toneladas e o consumo per capita foi 2,27kg/ano.
O mercado de bolos industrializados passou de R$ 888 milhões de faturamento em 2014 para R$ 851 milhões em 2015. O volume total atingiu 37,3 mil toneladas e o consumo per capita ficou em 0,18kg/ano.
Fonte: Abimapi