No verão, é muito comum observarmos uma queda na qualidade dos alimentos frescos assim que saímos do supermercado. As altas temperaturas da estação são inimigas da conservação dos alimentos, principalmente os que já foram preparados para o consumo. Para evitar o desperdício e garantir que não haja perda dos nutrientes, a engenheira química, da Granfino, com MBA em alimentos, Patrícia Antunes Campos dá algumas dicas para o dia a dia.
"A organização da geladeira é essencial nessa época do ano. É muito importante para a nossa alimentação que as frutas e os vegetais estejam frescos" diz a engenheira. Vedar e separar a comida são dicas valiosas. "Frutas e vegetais emitem naturalmente um gás inodoro e inofensivo chamado etileno, mas alguns produzem mais que outros, principalmente em temperaturas elevadas. Quando os alimentos que produzem mais etileno são armazenados junto a frutas e vegetais sensíveis a este gás, o processo de amadurecimento é acelerado, estragando mais rapidamente", explica Patrícia.
Não só os itens perecíveis precisam de atenção. Nessa estação, qualquer alimento que seja tirado da embalagem original precisa ser armazenado corretamente, como é o caso dos grãos. "Quando abrimos um pacote de arroz, por exemplo, o ideal é colocar a quantidade que não será utilizada em um pote de vidro bem vedado, é importante não molhar o grão durante esse transporte. O pote deve ser guardado em ambientes frescos, arejados e com pouca luz, nada de armários abafados". diz a especialista. "Isso ajuda a manter o grão seco".
As sobras de comida, ou as comidas feitas em excesso para serem congeladas, precisam ser observadas. "O tempo que o alimento mantém suas propriedades nutricionais varia de acordo com o tipo e se ele foi ou não submetido ao cozimento anteriormente. As leguminosas podem ser armazenadas em temperatura ambiente, mas se forem cozidas, devem ser guardadas sob refrigeração a 4ºC por, no máximo, três dias. Se forem congeladas, recomenda-se que sejam distribuídas em vários recipientes, de preferência, de vidro", explica Patrícia. Para os farináceos, como fubá, farinha de mandioca e de trigo, o procedimento é o mesmo.
Fonte: Granfino