O consumo de snacks, produtos substitutos, complementares ou intermediários às refeições, está crescendo em todo o mundo. As vendas anuais do mercado de snacks, por exemplo, totalizaram US$ 374 bi (até março 2014). Os países em desenvolvimento tiveram um crescimento médio de 2% ao ano. Segundo a pesquisa Nielsen Consumo Dentro e Fora do Lar (2º semestre de 2015), hoje, no Brasil, na região Metropolitana de São Paulo, 46% do consumo de snacks é feito fora do lar.
Segundo Vanessa Freire, analista de mercado da Nielsen, o consumo de alimentos fora do lar (snacks – que podem substituir uma refeição) pode crescer, dependendo fortemente da situação econômica no país. “Temos indicadores que apontam que cerca de 35% das pessoas pretendem retomar seus gastos com entretenimento, que incluem a alimentação fora do lar, assim que as condições financeiras melhorarem”, explica ela.
A pesquisa identificou que no período de um mês, uma pessoa adquire snacks, em média, em oito locais diferentes(é uma combinação de 8 canais dos 17 que estão listados, mas cada pessoa faz uma combinação diferente). Um exemplo provável seria: supermercados, restaurantes, padarias, atacadistas, compartilhamento por outras pessoas, mercearias, docerias, bombonieres, conveniência e mercado informal. Mas outros canais que podem entrar no mix são casas noturnas, food trucks, bancas de jornal, lojas de departamento, vending machines (máquinas com snacks no qual o consumidor faz a escolha e compra do produto sozinho), cinemas, teatros e farmácias.
Além disso, de um grupo de 15 diferentes tipos de necessidades, foi identificado que, em média, uma pessoa tem nove necessidades diferentes ao longo de um mês. O prazer pessoal é a segunda necessidade mais presente no consumo de snacks.
Segundo Vanessa Freire, nos últimos meses, o consumo com alimentação fora do lar teve uma pequena queda devido à atual situação econômica, mas tende a ser um comportamento pontual por conta do momento. Entretanto, o consumidor brasileiro já vinha aumentando o consumo de snacks, pois ocorreram mudanças mais profundas na cultura, na medida em que mais mulheres conquistam o mercado de trabalho e há menos tempo para cozinhar.
O brasileiro afirma ter intenção de gastar com estes produtos assim que tiver dinheiro disponível. Dessa forma, o mercado varejista deve alinhar suas ações para atingir seu público-alvo. De acordo com o estudo, ao longo das refeições do dia, os alimentos snacks são mais consumidos entre o almoço e jantar (22%) e também no café da manhã (21%).
Fonte: Nielsen Holdings plc