Muitas pessoas não sabem, mas a pressão alta deve ser constantemente controlada e a alimentação tem parte fundamental no tratamento da doença. Segundo estudos recentes da Associação Americana do Coração, entre os anos 2001 e 2011, o número de pessoas que morreram por hipertensão aumentou 13,2% em mais de 190 países, inclusive no Brasil.
A estimativa é de que 30% dos brasileiros sofram com a pressão alta. Além do uso correto da medicação, o consumo adequado de alimentos pode minimizar os efeitos da doença.
Segundo Flavia Salvitti, nutricionista do Hospital San Paolo, o ideal é que o hipertenso evite os embutidos e enlatados, em que o sódio está presente em grandes quantidades.
“Entre eles, estão molho de soja, amendoim industrializado, sopas instantâneas, sardinhas em lata, queijo parmesão, carne seca, caldos industrializados, tempero de miojo, bebidas alcoólicas, além de doces”, declara.
De acordo com a especialista, o recomendável é consumir no máximo uma colher de chá de sal na alimentação diária. É recomendável também evitar o saleiro na mesa.
Assim como existem os alimentos nocivos, há aqueles que diminuem os efeitos negativos da hipertensão. No caso do farelo de aveia e gérmen de trigo, o grande mérito é a concentração de magnésio. “Ele estimula a dilatação dos vasos sanguíneos e acaba reduzindo o inchaço típico de pessoas que retêm líquidos.”
Itens como sardinha, salmão, atum, linhaça e azeite possuem o ômega 3 que, além de dificultar o processo responsável por contrair os vasos sanguíneos, facilita a síntese que promove a sua abertura.
Já o potássio atua como um natriurético, capaz de estimular a eliminação do sódio presente no corpo. “Esse elemento é muito importante no combate da pressão arterial e está presente no inhame, feijão preto, abóbora, cenoura, espinafre, maracujá, laranja e banana”, afirma a nutricionista que recomenda também a ingestão de no mínimo 2 litros de água por dia.