A becada tem cerca de 60 centímetros de envergadura com um bico alargado e flexível e as penas avermelhadas com manchas negras que lhe servem para se camuflar entre as folhas secas. Já no século XVI era um manjar para grandes celebrações e, depois de um tempo afastada das grandes mesas, desde os anos 70 e 80 do século passado se converteu de novo na rainha da caça dos animais de pluma.
O sabor da becada é muito característico. “Tem sabor de bosque, de folha...e é um manjar para todos os amantes da caça menor”, afirma Minondo. Além disso, é comum tirar as penas e servir com a cabeça porque “o bico demonstra ao convidado o que está degustando”. Costuma-se fazer assada e levando em conta que o interior deve continuar rosado “para que se aprecie seu caldo”. Também é muito comum degustar este manjar em um molho elaborado com suas tripas já que ao ser um animal com uma digestão rápida, se recomenda cozinhá-la sem limpar suas entranhas.
No princípio deste século, o número de becadas estava considerado com estatus desfavorável mas atualmente é estável. Ainda assim, existem leis que regulam as regras de cada comunidade além de uma normativa europeia sobre as espécies aptas para o comércio, lista em que a becada continua ausente.
Miguel Minondo, presidente do Clube de Caçadores de Becada na Espanha, assegura que a maioria das peças dá de presente a familiares e amigos, “principalmente por um tema de consciência e porque a comercialização implica em muitos casos em roubo”.
Valor nutricional: o valor nutricional das peças de caça depende muito da idade, o sexo ou o tipo de alimentação que levaram. Em geral, a carne dos animais selvagens é rica em ferro e fósforo e contém altas quantidades de magnésio e potássio. É um produto muito recomendável para os anêmicos.
